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Uma das histórias que mais gosto de ouvir mete Alice no País das Maravilhas. Há várias versões umas mais hardcore outras mais infantis mas há uma que eu gosto particularmente: a que mete monstros. Em vez de coelhos temos dinaussauros, em vez de coxos temos bruxos e por aí fora. Já sei que estão a perguntar para que serve isto: não serve para nada mas apeteceu-me...

Esta minha versão da Alice no País das Maravilhas começa na passada quarta-feira. Um monstro lembrou-se de torcer o pé do cap. Passinhos. Caindo em cima dele depois de uma brilhante recepção para a parede, o pobre capitão gritou e gemeu. Em risco estava a sua participação no jogo com o Sesimbra.

Sábado. Novamente cap. Passinhos como protagonista. O seu Kitt encontrou uma chapa colorida por quem se enamorou. Resultado: o carro falante fez birra e trocou o jogo com o Sesimbra pela sua amada. Foi necessário pedir a intervenção do treinador salvador para que o capitão chegasse até ao pavilhão...ou melhor...à arena do circo.

Trespassado o espelho da nossa Alice, o confronto era brutal: como espectáculo de circense, o jogo com o Sesimbra, primeiro contra último, foi de alta qualidade e nem se notou o frio. Houve trapezistas, palhaços, homem fogo, leões, coros guturais...Da bancada, ao rubro, uma voz destacou-se...Mas já lá vamos.

O Sesimbra é equipa mais fraca deste campeonato. A petulância que demonstraram ao criarem conflitos como se fossem um grande conjunto, foi logo a primeira piada da tarde. O primeiro set, sem espinhas, é a prova. No segundo set, as coisas melhoraram, entram em cena Croquete e Batatinha que, com um reportório novo, levaram ao rubro o público presente. Croquete ficou em cima de uma escada, Batatinha preferiu ficar no solo. Croquete apitava, Batatinha corria para desfazer o engano. Croquete tentava explicar, Batatinha corrigia. Resultado, o nosso livro andante levou com um amarelo, essa cor tão em voga junto dos palhaços.

Terceiro set. O espectáculo esta muito quente. Croquete no seu melhor nível, apita desalmadamente, chamando Batatinha. Como este não lhe liga nenhuma, Croquete desce do seu posto e lá vai ele (ou seria uma ela) todo lampeiro criar mais uma cena. Os coros guturais dos trapezistas da equipa adversária (terão que treinar muito porque foi difícil manterem o equilíbrio) roçaram o rídiculo em tão nobre espectáculo.

Batatinha farto do protagonismo de Croquete decidiu-se a tirar da cartola o seu melhor: cartão amarelo para o senhor alto, da equipa adversária, que de pé ia dizendo umas piadas para a sua equipa. Cartão vermelho para o nosso livro andante que seria expulso depois de tropeçar numa garrafa. A culpa é dos senhores do banco que deveria zelar pelos interesses da equipa mas não, deixam as garrafas e as placas espalhadas pelo recinto. Com o público em delírio, não é todos os dias que se assiste a um espectáculo de circo à brolix, uma voz feminina se levanta e elogia tamanha comédia, aconselhando Croquete a ir para casa e a dedicar-se a outro passatempo... Porque não o crochet? (digo eu!).

P.S. Para quem não percebeu ganhamos 3-0. Tal como os nossos amigos do FAC ao Madalena. Para a semana, há jogo do título em Santa Maria Maior. Domingo, o VCV defronta-se com o FAC...é às 17h. Espero que desta vez nos mandem a Madonna ou a Alexandra Lencastre. Ao menos, bababa-me...

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